Tela com correção visual que dispensa óculos.

Todo o ajuste é feito por software.

Fu-Chung Huang e seus colaboradores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, é ainda um pouco mais cômoda: monitores com lentes de contato.


Huang está a desenvolver algoritmos para compensar a deficiência visual em usuários, criando telas que permitem ver imagens nítidas sem a necessidade de usar óculos ou lentes de contato.
A técnica consiste em acrescentar a uma tela comum um sanduíche formado por duas camadas de plástico transparente externas envolvendo uma camada interna opaca, mas repleta de furinhos.
Os furinhos são câmeras pinhole, ou câmeras estenopeicas, que não possuem lentes, capturando a luz através de um único orifício - daí o nome pinhole ("furo de alfinete").
Câmera sem lente captura imagem no tempo.

Cada "furo de alfinete" tem 75 micrómetros de diâmetro, com espaçamentos entre eles de 390 micrómetros.

Correção visual por software;

Os algoritmos ajustam a intensidade da luz que emana de cada pixel de uma imagem - passando por cada um dos furinhos - com base no grau específico para corrigir a visão de cada usuário.
Ou seja, o "grau da tela" é ajustado por software.


Num processo chamado deconvolução, a luz passa através da matriz de pinholes de uma forma tal que o usuário vê uma imagem nítida - a deconvolução é uma operação matemática largamente utilizada no processamento de imagens, para melhorar sua nitidez.

"Em vez de depender da óptica para corrigir sua visão, nós usamos a computação. É uma classe de correção [visual] muito diferente, e é não-invasiva," disse Huang.
"Nossa técnica distorce a imagem de tal forma que, quando o usuário almejado olha para a tela, a imagem aparece clara para ele. Mas se outra pessoa olhar para a imagem, ela vai parecer ruim," acrescenta seu colega Brian Barsky.

Telas multifocais;

Por enquanto a técnica foi testada apenas na tela de um celular, mas a equipa planeja ir mais à frente.
"No futuro, esperamos estender esse aplicativo também para a correção múltipla em telas compartilhadas, para que usuários com diferentes problemas visuais possam olhar para a mesma tela e verem imagens nítidas," disse Huang.






Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br